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Como achar o repouso (2)

  • Foto do escritor: irmãs em cristo
    irmãs em cristo
  • 19 de fev. de 2018
  • 3 min de leitura


O repouso se encontra em Cristo e em sua Igreja. Ambas as realidades –estar em Cristo e estar na Igreja– se acham prefiguradas na história de Israel. Quando Deus tirou Israel do Egito, o fez com o objetivo de introduzi-lo na terra de Canaã. No entanto, aquela geração que saiu do Egito não entrou em Canaã, mas morreu no deserto por causa da sua incredulidade.


Quando eles disseram: "Tudo o que Deus ordenou faremos", demonstraram um completo desconhecimento de si mesmos, o qual determinou o seu longo perambular pelo deserto para que conhecessem a verdadeira condição do seu coração. Eles não entraram no repouso de Deus, por causa da sua incredulidade.


Assim também, pode-se perfeitamente ser um cristão renascido, sem ter entrado ainda na terra prometida. Podem conhecer as obras de Deus, os cuidados de Deus sobre o seu povo, mas não conhecem o próprio Deus, nem os seus caminhos. É um estado de infância no qual atrai aquilo que é de menor valor, e onde não se podem ver os grandes propósitos de Deus.


Então chega um dia que Deus concede ao cristão a sua graça e lhe introduz na boa terra. Deixa para trás o perambular sem rumo para entrar e tomar a sua herança, que é Cristo. A boa terra abunda toda sorte de riquezas e delícias. O cristão sente que experimentou uma nova graça depois do novo nascimento. Agora pode dizer que conhece de verdade o Senhor, e que esta visão lhe satisfaz por completo.


No entanto, ainda há mais. Pois não é o propósito de Deus que Israel entrasse em Canaã como uma multidão caótica. O povo devia ser estabelecido, distribuído em ordem, segundo as tribos e as famílias. Aquele povo itinerante devia ser conformado em uma teocracia que expressasse o antecipado propósito de Deus para ele. Quando isto se cumpre, o povo nômade e errante deve ser uma casa e um reino para Deus.

Da mesma maneira, além da visão de Cristo, é preciso que aqueles que viram o Senhor sejam edificados como reino e como casa de Deus. Não só um conjunto de cristãos salvos que fazem o que bem lhes parece, mas também uma assembléia harmônica, conduzida pelo Espírito, que reflita as glórias magníficas de Cristo.


Quando o cristão encontra a igreja, quer dizer, a assembléia visível, onde Cristo habita, e onde os santos dão vozes de júbilo, então o seu coração acha o repouso perfeito. É a realidade de Cristo e a Igreja. É o repouso do crente.


Ao ler os capítulos 3 e 4 de Hebreus chama-nos a atenção um par de coisas com respeito ao repouso. O primeiro é que se trata do repouso de Deus. Quer dizer, o cristão é convidado a tomar parte, não do seu próprio repouso, mas sim do repouso de Deus. E para nos recordar isto, a Escritura nos leva ao primeiro repouso de Deus, a primeira menção do repouso na Bíblia. "Porque em certo lugar disse assim do sétimo dia: E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia" (Heb. 4:4).


Deus repousou no sétimo dia, e o seu repouso determina que a sua obra tinha sido concluída. Adão foi criado no sexto dia, de modo que o sétimo dia de Deus é o início da vida de Adão. Adão começou a viver no repouso de Deus. Adão foi convidado a contemplar a maravilhosa obra de Deus, a qual não precisava lhe adicionar nada. Da mesma maneira, o cristão é convidado no livro de Hebreus a participar deste repouso, não o seu próprio, mas o repouso de Deus. E quando Deus repousa? Quando a Sua obra está concluída.


Isto nos indica que, em nosso caso, a obra de Cristo na cruz, e em seguida, a Sua obra edificando a igreja já são atos consumados, pelo qual o cristão deve juntar-se ao descanso de Deus em Cristo. Adão não precisou acrescentar nada à obra da criação; nem tampouco precisa o cristão adicionar à obra da redenção. Isso permitiu a Adão descansar e ao cristão repousar das suas obras.


Qual é a razão de ser das obras no homem? As obras são uma tentativa de reafirmação de si mesmo, de sua própria capacidade. É uma tentativa de demonstrar a Deus que ele pode ter méritos para obter a salvação. Para o homem natural privar-lhe das obras é despi-lo e envergonhá-lo. É tirar-lhe todo apoio para a satisfação pessoal e o orgulho. É roubar-lhe a sua justiça própria, e deixar-lhe submergido na inatividade.


O homem nunca fará obras que mereçam uma contemplação extasiada, portanto, não há lugar para o seu repouso. Se ele pudesse fazer obras perfeitas, acabadas, haveria lugar para o repouso das suas obras; mas nunca será assim. Portanto, a única possibilidade de que ele descanse é que renuncie às suas obras, junte-se às obras de Deus, e entre no repouso de Deus. Por isso é que o cristão é convidado a entrar no repouso de Deus, e não em seu próprio repouso.


Fonte: www.aguasvivas.ws


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