MARIA DE NAZARÉ - Uma mãe honrada

Nenhuma mulher da terra esteve mais próxima de Jesus Cristo do que Maria, sua mãe. Ela é citada em cada um dos Evangelhos e no Livro de Atos como uma mulher singularmente capacitada para compartilhar da vida terrena de seu Filho. Como mãe, ela é uma de nós, mas, como mãe de nosso Senhor, ela é abençoada acima de todas as mulheres.

Mateus apresentou Maria de Nazaré como esposa de José, um homem “justo” (Mt 1.19). Quando o anjo Gabriel apareceu anunciando o futuro nascimento de Jesus (Lc 1.26-28), a resposta de Maria claramente revelou sua grande compreensão da Escritura e sua pronta disposição de obedecer a Deus.

A estranha ideia de ceder seu corpo virgem como instrumento ao Espírito Santo certamente poderia ser mal compreendida, mas o espírito confiante de Maria alegrou a Deus (Lc 1.38). As novas eram grandiosas demais, mas ela se submeteu à sua missão com alegria. Seu cântico de louvor (Lc 1.46-55) descreve um coração perceptivo e transbordante de exaltação ao seu Senhor.

Misturadas ao discernimento, todavia, estavam as preocupações de Maria. Quando, aos 12 anos, Jesus não se juntou à Sua família enquanto esta retornava de Jerusalém (Lc 2.41-50); quando o vinho na festa de casamento não foi suficiente (Jo 2.1-12); quando se preocupou durante o ministério Dele (Mc 6.2-3; Lc 8.19) ou ficou horrorizada em Sua crucificação, Jesus graciosamente respondeu à ansiedade de Sua mãe em cada ocasião. Ele a colocou com carinho sob os cuidados de João antes de morrer (Jo 19.25-27).

Maria e José tiveram outros filhos. Maria, provavelmente, experimentou a viuvez terrena, mas brilha como esposa fiel e mãe. Quando apareceu publicamente, colocando-se ao lado da cruz (Jo 19.25) e orando após a ascensão do Senhor (At 1.12-14), Maria demonstrou sua coragem ao mundo. Ela estava marcada como “um dos seguidores Dele”, passível de perseguição junto com os discípulos.

A desconhecida donzela da desprezada cidade de Nazaré (veja Jo 1.46) ilumina para sempre a natureza básica da condição feminina: confiando às próximas gerações de mulheres a mensagem da fidelidade de Deus, seja para que criem seus próprios filhos ou para que alimentem espiritualmente outros, transcendendo o círculo familiar. Maria não foi apenas a escolha soberana de Deus para carregar no ventre o bebê Jesus, mas foi também uma devotada e humilde seguidora de seu Messias.

Fonte: Bíblia da Mulher / Editora SBB / Linguagem RA.

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